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domingo, 8 de novembro de 2009

Caipirusp!


A USP não tem interunesp!!!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Lya Luft- A mulher e o poder


"Com o poder acontece o mesmo que ocorre com o tempo: ou o transformamos em nosso bicho de estimação ou ele nos devora"


Escrever sobre homens e poder seria de um óbvio ululante. O poder transforma, e nem sempre para melhor. É preciso saber lidar com ele, para que não nos deforme. A pergunta sobre como as mulheres exercem cargos de mando tem várias respostas, e eu já fiz o teste: desde "estão maravilhosas", "estão poderosas", até "andam muito loucas, mandonas demais". Mulheres são gente: seres humanos, complexos e desvalidos como todos. A vida é que andou se complicando muito desde que mulheres (tão poucas, ainda!) começaram a assumir algum poder. A velocidade com que as mudanças sociais acontecem hoje é perturbadora e, embora nossos avós também dissessem "Nossa! Como este ano passou rápido!", hoje nossa vida se transforma em mera correria se a gente não cuidar. Tudo é agora, tudo é imediato, e tudo é aqui e rapidinho. Gaza e Washington acontecem no nosso café-da-manhã.

Com o poder acontece o mesmo que ocorre com o tempo: ou o transformamos em nosso bicho de estimação ou ele nos devora. O bicho de estimação a gente aceita, brinca com ele, gosta dele, adapta-se a ele em certas coisas, nem o ignora nem o bota fora. Mas, se o maltratamos, se o detestamos, ele cresce, vira uma fera e nos come. Já que mulheres no poder são quase uma novidade, é sobre isso que me interessa refletir aqui. Não faz tanto tempo que começamos a assumir funções de ministra, prefeita, governadora, cientista, motorista de táxi e ônibus, reitora, e tantas outras. Não fôramos preparadas para enfrentar esse amigo/inimigo, o poder. Sendo pioneiras, e sem modelos a seguir, a quem deveríamos recorrer, em quem nos inspirar à frente do país, do ministério, dos empregados da estância, dos colegas lidando com grandes máquinas agrícolas ou à frente de sindicatos? Restava-nos a imagem dos homens.
Algumas pensaram em igualar-se a eles, com jeitos e trejeitos de capataz furioso ou comandante carrancudo, isto é, virando a caricatura de homens poderosos. Pior que eles, por estarem inseguras, sendo prepotentes. Outras tentaram disfarçar esse poder com exageros de sedução: muitas foram educadas para agradar, não para mandar, e o espectro da mulher sozinha existe. De um homem sozinho, dizem que está "aproveitando a vida", mas da mulher sozinha eventualmente se comenta: "Coitada, ninguém a quis". E não adianta reclamar: essa ainda é uma realidade burra, um preconceito idiota, mas não falecido. Com todo esse dilema, corre-se em busca de um "jeito feminino de exercer o poder". Isso existe? Tem de ser buscado? E o que será, afinal: um jeito delicado, doce ou cor-de-rosa? Que os deuses nos livrem disso. Talvez seja apenas um jeito humano, pois é o que todos somos: cheios de fragilidade e força, de qualidades e defeitos, todos em última análise com medo de não ser atendidos. Um professor iniciante tinha tanto pavor de não ser respeitado pelos alunos que abusava de punições, notas baixas, gritos e até socos na mesa, que provocavam, estes sim, riso nos adolescentes.
O mais positivo pode ser as mulheres, sobre as quais aqui especialmente escrevo, tentarem ser naturais. Nem ir ao posto de comando vestidas de freira ou militar, cheias de convencionalismos, ar gélido e voz de metal, nem sedutoras por medo de perder a feminilidade (seja lá o que pensam que isso é). Ser apenas uma pessoa a quem o poder foi dado pela sorte, pelo destino, pelo mérito (o melhor de todos), por algum concurso, enfim, pelos caminhos da profissão, e tentar fazer isso da melhor forma possível. Para exercer o poder não é preciso nem beleza nem feiura, nem coisa alguma além de preparo e capacidade, humanidade, ética, honradez, informação, entendimento do outro, respeito pelo outro para que ele também nos respeite. Para homens e mulheres o comando é difícil, é solitário. E, acreditem, exige cuidado: porque, se pode ajudar, pode também contaminar. Nada melhor do que agir com simplicidade, lucidez e alguma bem-humorada autocrítica, em qualquer posto e em qualquer circunstância desta nossa vida.


Lya Luft é escritora

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Cantadas cretinas


- Se eu reencarnar como formiga, vou torcer para você voltar como pote de açúcar.

- Essa sua roupa ficaria ótima toda amassada no chão do meu quarto amanhã de manhã.

- É verdade, tudo na vida passa. Mas com certeza passar por tudo ao seu lado seria muito melhor!

- Oi, como você quer ser acordada(o) amanhã? Quer que eu te ligue ou que eu te cutuque?

- Machucou? (provavelmente ela(e) perguntará por quê. Vc responde:)

- Porque você caiu lá do céu....

- Você é tímido? Tudo bem, eu arranco a timidez junto
com sua roupa.
- Sabe o que ficaria muito bem em você? Eu!

- Você é mais gostosa que a lasanha da minha mãe!

- Você acredita em amor a primeira vista, ou eu devo passar aqui mais uma vez?

- Oi, sou nova(o) na cidade, será que dá para você me ensinar o caminho para o seu coração?

- Me empresta uma ficha? Quero ligar pra minha mãe e dizer que acabei de encontrar a mulher dos meus sonhos.

- Me empresta uma ficha? Quero ligar pra sua mãe e agradecê-la.

- Dizem que o amor é uma coisa maravilhosa. Vamos fazer um pouco e descobrir...

- Oi! Posso te pagar um carro?

- O que vai fazer nos próximos 100 anos ? Quer companhia ?

- Com liçença, você pode me dar uma informação? O que eu preciso fazer para ganhar um beijo seu?

- Não te doem as pernas de fugir dos meus sonhos todas as noites?

- Você me ama? Não? Tudo bem, amor vem com o tempo.

- Você ficaria lindo em cima da minha cama, ao lado do ursinho de pelúcia...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Soneto de Natal _ Machado de Assis_

Um homem, — era aquela noite amiga,Noite cristã, berço no Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno

As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto... A folha branca

Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,

Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O Evangelho Segundo Jesus Cristo _ José Saramago_



Só tornou a acordar quando o galo cantou. A frincha da porta deixava passar uma cor grisalha e imprecisa, de aguada suja. O tempo, usando de paciência, contentara-se com esperar que se cansassem as forças da noite e agora estava a preparar o campo para a manhã chegar ao mundo, como ontem e sempre, em verdade não estamos naqueles dias fabulosos em que o sol, a quem já tanto devíamos, levou a sua benevolência a ponte de deter, sobre Gabaon, a sua viagem, assim dando a Josué tempo de vencer, com todos os vagares, os cinco reis que lhe cercavam a cidade. Josué sentou-se na esteira, afastou o lençol, e nesse momento o galo cantou a segunda vez, lembrando-lhe que se encontrava em falta de uma benção, aquela se deve à parte de méritos ao galo coube quando da distribuição que dele fez o Criador pelas suas criaturas, Louvado sejas tu, Senhor, nosso Deus, rei do universo, que deste ao galo inteligência para distinguir o dia da noite, isto disse José, e o galo cantou terceira vez. Era costume, aos primeiros sinais destas alvoradas, responderem-se uns aos outros os galos da vizinhança, mas hoje ficaram calados, como se para eles a noite ainda não tivesse terminado ou mal tivesse começado. José, perplexo, olhou o vulto da mulher, estranhando-lhe o sono pesado, ela que o mais ligeiro ruído fazia despertar, como um pássaro. Era como se uma força exterior, descendo, ou pairando, sobre Maria, lhe comprimisse o corpo contra o solo, porém não tanto que a imobilizasse por completo, notava-se mesmo, apesar da penumbra, que a percorriam súbitos estremecimentos, como a água de um tanque tocada pelo vento. Estará mal, pensou, mas eis que um sinal de urgência o distraiu da preocupação incipiente, uma instante necessidade de urinar, também ela muito fora do costume, que estas satisfações, na sua pessoa, habitualmente manifestavam-se mais tarde, e nunca tão vivamente. Levantou-se, cauteloso, para evitar desse pelo que ia fazer, pois escrito está que por todos os modos se deve preservar o respeito de um homem, só quando de todo em todo não for possível, e, tendo aberto devagar a porta que rangia, saiu para o pátio. Era a hora que o crepúsculo matutino cobre de cinzento as cores do mundo. Encaminhou-se para um alpendre baixo, que era a barraca do jumento, a aí se aliviou, escutando, com uma satisfação meio consciente, o ruído forte do jacto de urina sobre a palha que cobria o chão. O burro voltou a cabeça, fazendo brilhar no escuro os olhos saliente, depois sacudiu com força as orelhas peludas e tornou a meter o focinho na manjedoura, a tentear os restos da ração com beiços grossos e sensíveis. José aproximou-se da talha das abluções, inclinou-a, fez correr a água sobre as mãos, e depois, enquanto as enxugava na própria túnica, louvou a Deus por, em sua sabedoria infinita, ter formado e criado nos homens os orifícios e vasos que lhe são necessários à vida, que se um deles se fechasse ou abrisse, não devendo, certa teria o homem a sua morte. Olhou o céu, e em seu coração pasmou. O sol ainda tarda a desperta, não há, por todos os espaços celestes, o mais lavado indício dos rubros tons do amanhecer, sequer uma pincelada leve de róseo ou de cereja mal madura, nada, a não ser, de horizonte a horizonte, tanto quanto os muros dos pátios lhe permitiam ver, em toda a extensão de um imenso tecto de nuvens baixas, que eram como pequenos novelos espamaldos, iguais, uma cor única de violeta que, principiando já a torna-se vibrante e luminosa do lado donde há-de romper o sol, vai progressivamente escurecendo, mais e mais, até se confundir com o que, do lado de além, ainda resta a noite. Em sua vida, José nunca vira um céu como este, embora nas longas conversas dos homens velhos não fossem raras as notícias de fenómenos atmosféricos prodigiosos, todos eles mostras do poder de Deus, arcos-íris que enchiam metade da abóbada celeste, escadas vertiginosos que um dia ligariam o firmamento à terra, chuvas providenciais de manjar-dos-céus, mas nunca essa cor misteriosa que tanto podia ser das primordiais como das derradeiras, flutuando e demorando-se sobre o mundo, um tecto de milhares de pequenas nuvens que quase se tocavam umas as outras, espalhadas em todas as direções como as pedras dos desertos. Encheu-se-lhe o coração de temor, imaginou que o mundo ia acabar, e ele posto ali, única testemunha da sentença final de Deus, sim, única, há um silêncio absoluto na terra como no céu, , nenhum rumor se ouve nas casas vizinhas, uma voz que fosse, um choro de criança, uma prece ou uma imprecação, um sopro de vento, o balido duma cabra, o ladrar dum cão, Por que não cantam os galos, murmurou, e repetiu a pergunta, ansiosamente, como se de cantarem galos é que pudesse vir a última esperança de salvação. Então o céu começou a mudar. Pouco a pouco, quase sem percebe-se, o violeta tingia-se e deixava-se penetrar de rosa-pálido na face interior do tecto de nuvens, avermelhando-se depois, até desaparecer, estava ali e deixar de estar, e de súbito o espaço explodiu num vento luminoso, multiplicou em lanças de ouro, ferindo em cheio e trespassando as nuvens, que, sem saber-se porquê nem quando, haviam crescido, tornadas formidáveis, barcas gigantescas arvorando encandescentes velas e vogando num céu enfim liberto. Desafogou-se, então sem medos, a alma de José, os olhos dilataram-se-lhe de assombro e reverência, não era o caso para menos, de mais sendo ele o único espectador, e sua boca proferiu em voz forte os louvores devido ao criador das obras da natureza, quando a sempterna majestade dos céus, tendo-se tornado pura inefabilidade, não pode esperar do homem mais do que as palavras mais simples, Louvado sejas tu, Senhor, por isso, por aquilo, por aqueloutro. Disse-o ele, e nesse instante o rumor da vida, como se o tivesse convocado a sua voz, ou apenas entrando de repente por uma porta que alguém de par em par abrisse sem pensar muito nas consequências, ocupou o espaço que antes pertencera ao silêncio, deixando-lhe apenas pequenos territórios ocasionais, mínimas superfícies, como aqueles breves charcos que as florestas murmurantes rodeiam e ocultam. A manhã subia, expandia-se, e em verdade era uma visão de beleza quase insuportável, duas mãos imensas soltando aos ares e ao voo uma cintilante e imensa ave-do-paraíso, desdobrando em radioso leque a rodo de mil olhos da cauda do pavão real, fazendo cantar perto, simplesmente, um pássaro sem nome. Um sopro de vento ali mesmo nascido bateu na cara de José, agitou-lhe os pêlos da barba, sacudiu-lha as túnicas e depois girou à volta dele como um espojinho atravessando deserto, ou isto que assim lhe parecia não era mais que o aturdimento causado por uma súbita turbulência do sangue, o arrepio sinuoso que lhe estava percorrendo o dorso como um dedo de fogo, sinal de uma outra e mais insistente urgência.
Como se se movesse no interior da rodopiante coluna de ar, José entrou em casa, cerrou a porta atrás de si, e ali ficou encostado por um minuto, aguardando que os olhos se habituassem à meia penumbra. Ao lado dele, a candeia brilhava palidamente, quase sem irradiar luz, inútil. Maria, deitada de costas, estava acordada e atenta, olhava fixamente um ponto em frente, e parecia esperar. Sem pronunciar palavra, José aproximou-se e afastou devagar o lençol que a cobria. Ela desviou os olhos, soergueu a parte inferior da túnica, mas só acabou de puxá-la para cima, à altura do ventre, quando ele já se vinha debruçando e procedia do mesmo modo com sua própria túnica, e Maria, entretanto, abriu as pernas, ou as tinha aberto durante o sonho e dessa maneira as deixara ficar, fosse por inusitada indolência matinal ou pressentimento de mulher casada que conhece os seus deveres. Deus, que está em toda a parte, estava ali, mas, sendo aquilo que é, um puro espírito, não podia ver como a pele de um tocava a pele do outro, como a carne dele penetrou a carne dela, criadas umas e outras para isso mesmo, e, provavelmente, já nem lá se encontraria quando a semente sagrada de José se derramou no sagrado interior de Maria, sagrados ambos por serem a fonte e a taça da vida, em verdade há coisas que o próprio Deus não entende, embora as tivesse criado. Tendo pois saído para o pátio, Deus não pôde ouvir o som agónico, como um estertor, que saiu do varão no instante da crise, e menos ainda o levíssimo gemido que a mulher não foi capaz de reprimir. Apenas um minuto, ou nem tanto, repousou José sobre o corpo de Maria. Enquanto ela puxava para baixo a túnica e se cobria com o lençol, tapando depois a cara com o antebraço, ele, de pé no meio da casa, de mãos levantadas, olhando o tecto, pronunciou aquela sobre todas terrível bênção, aos homens reservada, Louvado sejas tu, Senhor, nosso Deus, rei do universo por não me teres feito mulher. Ora, a estas alturas, Deus nem no pátio devia estar, pois não tremeram as paredes da casa, não desabaram, nem a terra se abriu. Apenas, e pela primeira vez, se ouviu Maria, e humildemente dizia, como de mulheres se espera que seja sempre a voz, Louvado sejas tu, Senhor, que me fizeste conforme a tua vontade, ora, entre essas palavras e as outras, conhecidas e aclamadas, não há diferença nenhuma, repare-se, Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra, está patente que quem lhe disse isto, podia, afinal, ter dito aquilo. Depois, a mulher do carpinteiro José levantou-se da esteira, enrolou-a lentamente com a do marido e dobrou o lençol comum.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Andreia Dias


Inspirada na musicalidade do rock e do blues e influenciada pela pegada mansa dos sambas de raiz, a cantora, compositora e intérprete Andréia Dias (foto) comanda com simpatia e graça - com uma voz que é simultaneamente grave e suave -, os vocais da Banda Gloria e da DonaZica semanalmente em apresentações para um público seleto da capital paulistana. Vinda da periferia do Grajaú, em SP, iniciou-se em canto popular na Universidade Livre de Música Tom Jobim em 1994, e após algumas tentativas não valorizadas de ingressar na cena musical do Rio de Janeiro ao lado do grupo Farofa Carioca, a ex-garçonete, hoje divulga seu novo trabalho com muita personalidade, estilo e sem rótulos. Ao mesmo tempo em que estabiliza sua carreira e mostra sua competência à frente das duas bandas, produz de forma independente seu novo material, desta vez solo, no qual inclui somente canções de própria autoria, as quais tenta classificar como “música popular contemporânea latino americana”. Revolta é o que não falta nessa paulista, que não pensa duas vezes ao dizer o que pensa sobre a mídia popular, disparar críticas à forma como é encarada a boa música no Brasil, e, entre expectativas e frustrações, nem o Lula e a bandeira nacional escapam de suas opiniões.


"Através do rock n roll me libertei, do samba me requebrei, do soul e do blues, me inspirei , na Boemia e na capoeira angola me criei. Salve mestre Pastinha, Cartola, B. Negão, Tom Zé, Itamar Assumpção, Catatau, Dona Zica, toda Velha guarda e Nova que faz brilhar a constelação do Cenário musical brasileiro!! Salve o Boi, o elemento unificador do Brasil, Salve o seu cogumelo, salve a América latina, Salve a Fartura que a miséria ninguém Atura!!"

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

SOLIDÃO VISTA PELO CHICO BUARQUE


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... isto é carência. Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade. Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...isto é equilíbrio. Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza. Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... isto é circunstância. Solidão é muito mais do que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma... Francisco Buarque de Holanda